Quão Breve é Breve o Bastante?
por Dave Sears
Editor e Publicador de “Muscles In Minutes”
Um fator importante na determinação da "dosagem correta" dos exercícios é o período de descanso entre seus treinamentos. Mike Mentzer falou sobre este assunto em incontáveis ocasiões e freqüentemente era bastante específico; comece com 4 a 5 dias entre treinamentos e adicione 1 ou 2 dias conforme seu progresso desacelera. Eventualmente, você poderia acabar treinando uma vez cada 10 ou 12 dias (ou menos).
Porém, Mike também reconhecia – e freqüentemente se referia – à necessidade da brevidade do estímulo. Quão breve é breve o bastante? A resposta é simples; tão breve quanto for necessário para estimular o crescimento, mas que não impeça o processo de crescimento. Eu reconheço que isto não soa simples de se entender, mas com algum teste quanto a dias de descanso e volume, isto ficará.
Como editor e publicador do mais recente livro de Mike, Muscles in Minutes, nós freqüentemente discutimos suas idéias e reflexões mais recentes. Ambos sabíamos que enquanto seria possível avançar "uma fração" em seu tremendamente próspero programa de treinamento, isto seria praticamente "mínimo". De qualquer modo seria quase impossível melhorar sua metodologia numa escala muito grande.
O propósito deste artigo é compartilhar uma descoberta pessoal com vocês. Isso deveria ajudar alguns de vocês a disparar seus ganhos – e fazer Mike sorrir no processo. Durante os últimos anos, eu experimentei constantemente com meu treinamento – sempre informando minhas conclusões ao Mike. Ele nunca foi surpreendido por minhas descobertas, apenas as validava. Afinal de contas, ele não precisava me convencer de que o treinamento dele funcionava. Aqui estão alguns pensamentos sobre o que eu aprendi.
Dias de descanso…
Enquanto vivendo em um vácuo o tanto quanto possível (mesma dieta, mesmo repouso, mesma atividade), eu experimentei com apenas uma variável: dias de descanso entre meus treinamentos. Eu executei uma rotina de corpo inteiro abreviada (3 exercícios) sem nunca variar os exercícios. Para ser exato na mensuração da força, eu usei ambos os métodos, contagem de repetições e T.S.T. (Tempo Sob Tensão) e tive o cuidado de registrar tempos precisos e manter a cadência das repetições tão consistentes quanto possível.
No geral, eu testei (com incrementos de 2 a 4 dias) desde 2 dias de descanso até 26 dias de descanso. Depois de uma cuidadosa revisão, eu determinei que se eu tirasse qualquer coisa a menos que 6 dias de descanso – ou mais de 12 dias de descanso – eu na verdade ficava mais fraco. Eu descobri (desapontado) que (para mim) o segredo não era tão simples quanto adicionar dias extras de descanso entre os treinamentos. Até mesmo ficando na faixa dos 6 a 12 dias de descanso, eu estava fazendo progresso pouco perceptível.
Volume…
Porém, eu sabia que a equação completa envolve descanso e volume. Inicialmente, eu não tinha planejado testar isto [volume], porque eu já estava fazendo uma rotina abreviada, e sentia como se qualquer exercício a menos seria nenhum exercício!
Ainda, depois de aplicar lógica à situação, eu de qualquer modo decidi experimentar nisso. Eu comecei com os fatos que eu conhecia, e sistematicamente eliminei as variáveis que não estavam em questão. Afinal de contas, conforme o Mike disse, se um método de treinamento é válido, é válido o tempo todo – deveria funcionar constantemente. Se não o fizer, o método (ou um componente disso) não é válido.
Eu conferi minhas premissas e concluí o seguinte:
Uma série certamente era estímulo o bastante para causar crescimento (se executada corretamente), assim eu pude eliminar o teste de se somar de séries adicionais.
Enquanto eu estava treinando apenas uma vez a cada 6 a 10 dias, e observando ganhos marginais, eu sabia que eu poderia eliminar o teste quanto aos dias de descanso entre treinamentos (que eu já tinha testado!).
Criar treinamentos diferentes (com exercícios diferentes) não era a resposta, pois eu já tinha testado isso antes e sabia que eu tinha uma questão mais básica à mão.
Depois de revisar racionalmente todas as variáveis disponíveis, eu concluí que o único ponto que precisava ser testado era o volume – assim foi aí onde eu comecei? Do início…
Conseqüentemente eu reduzi ainda mais o meu treinamento, do seguinte modo:
Treinamento 1: (1) Uma série de puxada alta
Treinamento 2: (1) Uma série de supino Inclinado
Treinamento 3: (1) Uma série de agachamento
Cada treinamento era seguido por 4 dias de descanso (que depois aumentou para 5, e então para 6 dias de descanso). Depois de não ter feito ganhos significativos em força nos 8 meses anteriores, eu aumentei minha força em CADA treinamento durante 2 meses e meio! Eu fiquei especialmente pasmado quanto a um dos exercícios (puxada alta) no qual eu não tinha aumentos em força há 2 anos!
Eu já estava a pensar que meus dias de aumentos de força haviam terminado para sempre – algo que eu sequer deveria ter considerado. Porém, por pensando "fora da caixa", e testando objetivamente (como Mike encorajou), eu pude atravessar para o próximo nível.
A propósito, a única razão pela qual eu não continuei meus aumentos de força além dos 2 meses e meio foi devido a dois problemas de saúde que me acometeram um após o outro. Porém, agora eu retornei ao pico da minha forma, e já estou de volta às Rotinas Super-Consolidadas, e informarei meu progresso conforme for acontecendo.
Mike, você está certo - mais uma vez!
tradução: Kleber Nunes
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